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A FREQUÊNCIA SEXUAL IDEAL PARA UM CASAMENTO SAUDÁVEL


Interessante que quando nos casamos, no período da lua de mel, a freqüência da pratica sexual não é questionada e nem tampouco mensurada pela maioria dos casais.

Basta passar os primeiros anos, o relacionamento tende a perder o "tesão", se quiser uma palavra melhor, "a libido" para que o ritmo caia.


Confesso que não tenho uma resposta precisa, até mesmo porque não existe uma resposta precisa que determina a freqüência ideal para você praticar sexo com seu cônjuge.


Cada um tem suas necessidades. Cada um tem suas dificuldades hormonais (SEXUAIS). Cada casal tem seus estímulos sexuais e respondem naturalmente entre si na freqüência que se interagem e valorizam o sexo.


O problema surge quando a freqüência ideal na mente de um é diferente daquela que o outro considera ideal.

Lembro-me de uma palestra que participei, onde o pregador deu uma ilustração da freqüência praticada pelos casais.


Ele começou perguntando à platéia presente:


- Quantos aqui praticam sexo duas vezes por semana?


Nisto, uma maioria de jovens levantaram as mãos dizendo: - Eu!!!

Ele perguntou novamente.

- Quantos aqui praticam uma vez por mês?

Agora, menos mãos foram levantadas. Dava para ver que casais mais maduros eram os que se manifestavam como mensalistas do sexo.


Ele fez a última pergunta.

- Quantos aqui praticam sexo uma vez por ano?


Nisto, uma senhora idosa, levantou-se toda eufórica e sorridente, dizendo: - Eeeeeuuuu! Eeeeeuuuu! Eeeeeuuuu!


Ele, ao ver a alegria da velhinha, ficou curioso e lhe perguntou.

- Não entendo minha senhora, a maioria aqui pratica duas ou mais vezes por semana, outros 12 vezes por ano, não ficaram tão radiantes quanto a senhora que faz uma vez por ano. Qual é o motivo de tamanha felicidade?


Ela então responde:

- É porque é hoooooooje o dia do ano que vou encontrar com meu esposo.


Não poucos conflitos na vida conjugal são provocados pela falta de harmonia da prática sexual. Atendi um casal onde o marido tinha necessidade de ter relação sexual todos os dias. Quase em todas as sessões o tema da discórdia entre os dois tinha como gênese a incompreensão do marido quanto às recusas da mulher.

Ela não sentia necessidade nem tinha desejo por ele na mesma freqüência, mas sujeitava-se como uma boneca inanimada na cama, vindo a sentir-se cansada, usada e abusada.


Para ele, não... ela tinha que estar à disposição toda as vezes que sentia desejo.

Desejo este que por anos a fio, surgia logo no outro dia quando acordava.

- Haja desejo!


Abaixo, algumas considerações sobre o tema acima.


1- Indiferente do nível de satisfação conjugal que você esteja vivendo, sempre haverá divergência de opiniões entre você e seu cônjuge com relação à freqüência da prática do sexo.

É impossível cronometrar o desejo de ambos para que coincidam.

Isto significa que um dos dois sempre estará buscando o outro mais vezes. Geralmente é o homem quem mais faz isto, mas há casos, poucos na verdade, de mulheres "turbinadas" pelo desejo.


2- A freqüência sexual variará de acordo com circunstâncias, chegada de filhos, investimentos em estudos, carga horária de trabalho, manifestações de doenças, dentre outros.

Assim, é bem improvável definir uma prática regulamentada.

Pesquisas apontam que em um casamento saudável a frequência tende a variar de acordo com o grau de intimidade, necessidade e idade de ambos.


3- Procure manter um equilíbrio entre as opiniões e a prática. O acordo é muito importante para a estabilidade do relacionamento.

Assim, procure regular uma freqüência de prática entre os dois, entendendo que a flexibilidade nestes casos é fundamental para levar em consideração as variáveis circunstanciais e emocionais do outro.


Quem procura o outro demais tende a incomodar, uma vez que nem sempre o outro está pronto emocionalmente ou interessado em corresponder, mesmo submetendo-se.


Quem é procurado com maior freqüência deve entender que seu parceiro demonstra que os sentimentos dele continuam ativos com relação a sua pessoa. Ou seja pode ser um bom sinal de que a relação está caminhando bem entre os dois. Ruim mesmo é quando o cônjuge perde o interesse sexual. Significa que algo não está bem, nele ou em você.


Um dos indicadores de decadência relacional é o afastamento sexual de um dos parceiros. Assim, saber lidar com o equilíbrio entre aproximação e afastamento é um bom termômetro para regular a freqüência sexual.

Inclusive também, dos conflitos que podem surgir devido à diferença de opiniões quanto ao momento que se deve praticar.


Por fim, o melhor mesmo é um diálogo aberto sobre as diferenças, desejos e possibilidade de equalizar a prática.

Como não podemos controlar os impulsos, pelo menos pode-se tentar controlar melhor a prática.

Lembrando que mesmo que seja uma vez por ano, se você consegue esperar e ficar feliz com o dia do encontro, não será o tempo que vai impedir você de ser feliz e fazer do seu casamento um casamento sexualmente saudável.


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