No grego há duas palavras para designar “pobreza”.
Penês = Se refere ao homem que tem que trabalhar para ganhar a vida, é aquele que não tem nada que lhe sobre. Ele não é rico, no entanto, não padece necessidades. Ele não possui o supérfluo, mas tem o básico para viver. Podemos classificá-lo como o mensalista.
A pessoa que trabalha e tem o suficiente para pagar suas contas mensalmente... se porém vir a perder o emprego fica entregue à sorte.
Ptokós = Descreve a pobreza absoluta e total daquele que está afundado na miséria. É o mendigo, o extremamente necessitado. Aquele que não tem nada para comer ou beber, totalmente desprovido de condições financeiras. Esta é a palavra que Jesus usou para "pobres de espírito".
Feliz é o homem que reconhece sua total carência e coloca a sua confiança em Deus. Ser pobre de espírito é reconhecer nossa total dependência de Deus – Feliz é o homem que reconhece que o dinheiro, o poder e a força não significam nada, mas Deus significa tudo.
Uma das maiores dificuldades do jovem rico foi enxergar sua própria condição espiritual. Enquanto se achava rico e abençoado por Deus em todas as áreas de sua vida, inclusive a financeira, era literalmente pobre. Quando se viu testado por Jesus descobriu que o dinheiro era seu senhor!
- Pobre de espírito é todo aquele que não tem o suficiente para pagar sua liberdade. Este enquanto se achava livre era escravo! (Marcos 10:17-22)
Para encontrar-se com Deus a condição do homem deve ser a de pobre de espírito, por isto "Bem aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino de Deus" (Mt 5:3). Somente nesta condição é que o homem se abre para buscar a Deus de todo o coração, uma vez que literalmente sente não ter nada, busca em Deus tudo o que precisa. Quem tem Deus tem tudo e não terá falta de nada! (Filip. 4:19)
"Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis" (2 Corintíos 8:9).