Um coração missionário

“E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa.” ( Hebreus 6:15)

Em torno da cidadezinha de Pai Pedro, existem pequenas comunidades familiares espalhadas por todo o município, compostas de conjuntos de casebres povoados por famílias que vão se multiplicando e habitando ali, formando estas pequenas comunidades; no entanto, estes casebres não são aglomerados próximos uns dos outros, como é comum na cidade.

Geralmente eles ficam espaçados e espalhados dentro do mato, alguns ao alcance dos olhos, outros não.

Certa manhã, quando me dirigia a uma escola do interior no município de Pai Pedro, avisto dentro do mato uma tenda de lona de cor azul, destas usadas para cobrir carrocerias de caminhão, à qual me chamou muito a atenção. Aproximando e observando-a melhor pude distinguir que formava um templo, contendo bancos rústicos de madeira e uma tábua fixada sobre um poste de madeira se assemelhando a um púlpito.

De fato era um pequeno templo levantado ali para desenvolvimento de um trabalho missionário naquele local.

Por curiosidade, procurei saber quem teria a ousadia e a fé necessária para instalar um tão relevante trabalho no coração de um sertão daquele. Conheci o rapaz e sua história.

Ele, cristão, conheceu uma moça recém convertida na cidade de Montes Claros e enamorou-se dela vindo a casar; ela nasceu e cresceu nesta comunidade e por estarem casados ele resolve acompanhá-la indo morar em sua terra natal.

Por serem os dois evangélicos, e movidos pelo desejo de verem a família salva, iniciam o trabalho de evangelização familiar, pregando nas casas e reunindo-se para cultuar a Deus uma vez por semana naquele singelo templo de lona; e na maioria das vezes, no início, apenas os dois.

Ponho-me a pensar; quantos cristãos estão nas pequenas e grandes cidades; com vários e diversos locais de culto e adoração e não valorizam a oportunidade para pregar a palavra de Deus; ousando abrir novos ambientes como pontos de pregação.

Não obstante, estes jovens no meio de um mato levantaram um templo, porque crêem que ali se tornará um lugar de culto e adoração freqüentados por pessoas salvas, alcançadas pela pregação do evangelho de Deus.

Pode ser que demorem a colher os frutos do seu trabalho, mas certamente colherão, pois a preciosa semente, naturalmente brotará um dia.

É com paciência que o lavrador espera o fruto do seu plantio.

A certeza que o fruto virá nos é dada pela natureza, pois ela nos ensina a lei do investimento, e a palavra de Deus afirma que : “...aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” – (Gálatas 6:7)

Que o Senhor te abençoe ricamente!

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